Os fatores que desencadeiam esse processo na pele podem ser vários. Segundo a dermatologista Silvia Takakua, da clínica Medical Laser, as manchas na pele podem ser decorrentes de exposição ao sol, alterações hormonais ou predisposição genética.
As hipercromias mais conhecidas e comuns são:
Melasma
Conhecido também como cloasma, surge como lesões castanhas na face, principalmente nas maçãs do rosto, na testa, nariz, lábio superior e têmporas. É bastante comum em grávidas e pode se intensificar com a exposição ao sol. "Elas têm uma coloração puxada para o castanho e tamanhos variados", diz a médica.
Manchas Senis
São mais rugosas e de difícil tratamento. "Elas normalmente surgem a partir dos 40 anos, mas pessoas mais idosas que não cuidaram tanto da pele possuem muitas dessas manchas nas mãos, nos braços e no pescoço", esclarece Silvia.
Sardas
Normalmente são hereditárias e, embora tenham o seu charme, precisam de tratamento. São mais comuns em pessoas ruivas ou loiras e escurecem se submetidas à exposição solar. Com o passar dos anos as sardas podem se transformar em manchas senis e estudos dizem, ainda, que seus portadores possuem maior propensão a desenvolver o câncer de pele.
Fitofotomelanoses
Por essa muita gente já passou. São as manchas formadas pelo contato direto de substâncias cítricas com a pele e subsequente exposição à radiação. Portanto, todo cuidado é pouco com aquele limãozinho da caipirinha. Laranja, caju e figo também merecem cuidado.
Hipercromia pós-inflamatória
Ocorre após algum processo inflamatório como acne e picada de insetos. É mais frequente em peles morenas e negras, que possuem quantidade maior de melanina.
Para tratar esses tipos de manchas, os cremes clareadores são grandes aliados. "Um dos efeitos dos cremes clareadores é o bloqueio da enzima tirosinase, que é a responsável pela produção de melanina. Desta forma, bloqueia-se a produção da melanina que, em excesso, leva ao aparecimento das manchas", explica Silvia.
Para prevenir manchas na pele, o melhor é fazer o que está ao alcance das mãos. E se o o sol é um dos principais vilões, cuide-se usando um protetor solar. "O mais indicado é o produto com fator de proteção 30 ou maior, todos os dias", orienta a especialista.
A dermatologista cita três produtos amplamente utilizados no tratamento e que prometem amenizar as marcas escurecidas na pele. "A hidroquinona atua nas células produtoras de melanina, os melanócitos, bloqueando a produção e aumentando sua degradação. Ela também bloqueia a ação da enzima tirosinase, que participa na formação da melanina. Já o ácido kolico bloqueia a ação da tirosinase, inibindo a formação da melanina e o ácido fítico, obtido do farelo de arroz, aveia ou gérmen de trigo, tem ação inibitória sobre a tirosinase", revela a dermatologista.
É sempre bom deixar bem claro que não é indicado utilizar qualquer produto sem a prévia avaliação de um especialista. Receitas caseiras podem, inclusive, piorar os problemas. "Os produtos caseiros, além de não clarear a mancha, podem até mesmo levar ao aparecimento de irritações e alergias na pele", esclarece a médica, aconselhando a ida ao dermatologista ao menor sinal de que a pele já não é mais a mesma. "Se a sua intenção é se livrar delas, a dica é: quanto antes começar o tratamento, maiores são as chances de sucesso", finaliza Silvia.
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