Independentemente da forma escolhida, é preciso respeitar o processo de secagem da peça; higienização incorreta pode causar alergias e infecções, diz especialista
A regra sobre a lavagem no chuveiro é simples. Pode! Desde que seja respeitado o processo de secar ao sol ou qualquer outro ambiente com ventilação e bem longe do banheiro. Segundo a ginecologista e obstetra Bárbara Murayama, o cômodo mais úmido da casa é também o lugar onde mais se proliferam fungos e bactérias. “O chuveiro é bacana porque além de a água ser morna, é corrente. Mas a peça deve ser lavada com o produto certo e nunca permanecer no box. Ao final do banho, é preciso pendurar no varal”, orienta.
Sabão de coco ou outros utilizados para este tipo de lavagem – os quais respeitam a composição citada pela especialista – são os mais adequados. “É bom evitar o sabão de pedra, que junta microorganismos ao ficar em contato com outros tecidos ou em um ambiente úmido. O sabão em pó também é ruim, porque se não for bem enxaguado, pode sobrar algum resíduo na peça. Amaciante é totalmente desnecessário, tem muito perfume”.
Para evitar quaisquer tipos de infecções vaginais ou corrimentos, os cuidados têm de ser redobrados quando a lavagem é feita na máquina de lavar. Primeiramente, a roupa íntima deve ser separada de qualquer outra e só pode ser colocada de molho – para eliminar eventual mancha – depois de tirar toda a sujeira. “E tem de ser lavado no mesmo dia”, ressalta a ginecologista. “Além disso, a máquina deve ser higienizada antes”. Pode ser apenas com água, para tirar os resíduos.
Outra sugestão importante é não misturar os tecidos de algodão com os de lycra, cada uma exige um cuidado, e separar as cores na hora de lavar. A atenção deve ser a mesma depois de recolher as peças, o mais indicado é passar o fundo. “Não precisa exagerar, mas não custa nada passar o ferro na parte da calcinha que tem o contato direto com a vagina. Isso vai garantir que sejam eliminados todos os fungos, já que nem todas as máquinas lavam com água quente e nem todos os dias há sol para secar”, indica Bárbara.
Cuidando da higiene pessoal
Para se proteger de qualquer tipo de infecção, não basta somente que a roupa íntima esteja bem cuidada, é preciso ter os mesmos cuidados com a higiene pessoal. A má higiene na região íntima facilita a contaminação, alerta a médica. “Desde os problemas mais simples como corrimentos, até doenças sexualmente transmissíveis e infecção de urina podem ser causadas se a higienização não for correta”, reforça.
Neste caso, tanto a mulher quanto o homem devem se atentar. “No caso das mulheres, é preciso mais cuidados porque estamos falando de um órgão interno”, ressalta a obstetra. “Mas são hábitos simples como: trocar o absorvente a cada quatro horas, lavar adequadamente e com o sabonete líquido, de preferência, e neutro. Mas tem de haver equilíbrio, pois a oleosidade e pelos são proteções naturais do corpo”.
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