Além da tentativa de amenizar os efeitos de um dia quente, o objetivo dos universitários foi protestar contra a falta de estrutura da universidade, segundo Matheus Cezario, 22, estudante do primeiro período do curso.
Até o fechamento do texto, uma foto da manifestação já possuía 5.238 compartilhamentos na página "Uerj da depressão", criada para ironizar a rotina dos estudantes e mostrar problemas da instituição.
"Naquele dia o corredor da sala [de aula] estava sem luz. Não tinha ar, não tinha refrigeração, o ar- condicionado não funcionava. A sensação térmica era de 47º. Seria impossível ver a aula nessas condições. Fizemos o protesto para alertar que a faculdade precisa melhorar sua estrutura", afirmou Cezario.
"O professor entrou e olhou desconfiado. Ele perguntou o que estava acontecendo e explicamos que com o calor que estava não tinha jeito de ver a aula. Aí ele entendeu", lembrou o aluno. Cerca de 30 estudantes estavam dentro da sala no dia da manifestação.
Na semana passada, Cezario e seus amigos também tentaram tirar a camisa como forma de protesto, mas a tática não funcionou.
"Foi numa aula de física, num auditório muito arcaico e sem vazão de ar [o ar-condicionado do local não dava conta de amenizar o calor]. Acho que tinha mais de 80 alunos lá. O calor estava grande e decidimos tirar a camisa. Só que os alunos começaram a olhar pra gente com cara feia e colocamos de novo [as camisas]", explicou. "Mas nessa semana não aguentamos mais tanto calor e tentamos fazer de novo. Deu certo."
Segundo Cezario, o estranhamento dos colegas de classe na segunda tentativa não foi o mesmo. "Conforme o motivo foi sendo explicado, os alunos foram apoiando. Eu não esperava essa repercussão toda, mas que bom que aconteceu. Quanto mais gente ficar sabendo dos problemas melhor", concluiu.
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